Agora que você já sabe o que é marketing de conteúdo e já tem uma estratégia definida para a sua produção de conteúdo, podemos analisar um a um os elementos que vão fazer com que aquilo que você tem a dizer consiga realmente se destacar na internet.
Nesta aula do curso Presença Digital de Zero a Dez, traremos uma visão geral dos 10 elementos essenciais para uma produção de conteúdo acima da média. Nas aulas seguintes, veremos detalhadamente cada uma dessas partes.
E que elementos seriam esses?
- Objetivos
- Palavras-chave
- Storytelling
- Estrutura
- Título
- Introdução
- Desenvolvimento
- Conclusão
- Elementos visuais
- Revisão
Como sempre, vou focar mais na produção de conteúdo textual. Não apenas por ser a que mais domino, mas também por ela ser a base para outros tipos de mídia.
Se você trabalha com vídeo, por exemplo, sempre é bom preparar antes um roteiro escrito para que o seu conteúdo se destaque.
Dito isso, vejamos o primeiro dos dez elementos para uma boa produção de conteúdo.
1. Objetivos para a sua produção de conteúdo
Assim como você primeiro fez um planejamento antes de lançar o seu projeto, o mesmo deve ser feito com cada peça de conteúdo que você vá colocar no ar.
Aqui, novamente, vai ser de extrema importância que você tenha realizado as tarefas do curso Presença Digital de Zero a Dez relacionadas a nicho de mercado, persona e posicionamento.
Com elas, você saberá em que mercado está atuando, para quem está falando e qual o seu posicionamento nessa comunicação.
Essas são as linhas gerais. Porém, dentro delas cada pedaço de conteúdo terá um objetivo específico. Cada post. Cada vídeo. Cada áudio. Tudo deve mover o seu projeto rumo às metas que você traçou na etapa de planejamento.
Então, antes de começar a produção de conteúdo do seu novo texto, vídeo ou áudio, procure responder as seguintes perguntas:
- Dentro do planejamento geral, quais os objetivos desse novo conteúdo?
- Dentro do nicho escolhido, qual assunto específico irá ser tratado?
- A quem se dirige esse novo conteúdo?
- Existe uma demanda sobre esse assunto dentro do meu público-alvo?
- O que eu quero que as pessoas façam ao consumir esse conteúdo? Qual é a chamada para ação?
- Qual a melhor forma para diferenciar esse novo conteúdo do que já existe na internet?
Não precisa ser nada muito burocrático ou demorado. Basta que você tenha em mente (ou melhor, por escrito) o que você quer produzir, com quem você quer falar e quais os seus objetivos com isso.
Na próxima aula do curso, veremos em detalhes como investigar se existe uma real demanda sobre o assunto e como descobrir as…
2. Palavras-chave
Durante muito tempo na internet, saber como trabalhar com palavras-chave era um grande diferencial.
Sites que sabiam como se posicionar para determinadas palavras-chave obtinham grande vantagem competitiva, aparecendo sempre no topo das pesquisas do Google e recebendo toneladas de tráfego orgânico.
Só que o maior buscador do mundo percebeu tal tipo de manipulação. E começou a mudar. Passou a privilegiar menos as palavras-chave em si e mais o assunto geral e a qualidade do conteúdo.
Para esclarecer isso, o especialista em marketing digital Neil Patel analisou 203.900 pontos para responder a pergunta: as palavras-chave ainda importam?
A resposta foi a esperada. As pesquisas voltadas para exploração de palavras-chave não valem mais tanto quanto antes.
O Google tem privilegiado cada vez menos entre seus fatores de posicionamento a exatidão de palavras-chave, os backlinks e a quantidade de conteúdo.
E tem dado cada vez mais importância para a profundidade e amplitude do conteúdo.
Isso significa que não basta mais produzir conteúdos grandes repetindo diversas vezes a palavra-chave escolhida.
Cada vez mais, é preciso escrever um conteúdo que realmente entregue o que o visitante está procurando.
Em resumo, a sua produção de conteúdo precisa ser relevante para o público-alvo e cobrir o máximo de pontos possível dentro do assunto abordado.
Isso não significa que a pesquisa de palavras-chave possa ser deixada de lado. Ela apenas será um ponto de partida (que explicamos em aula própria) para algo muito maior.
3. Storytelling
A melhor forma de se comunicar com o seu público, quase certamente, é contando uma história.
Em um experimento realizado pela Buffer, um mesmo conteúdo foi apresentado de duas formas ao público: com história e sem história.
A versão com história obteve 296% a mais de leituras completos e 520% a mais de tempo do visitante na página.
Essa é apenas uma amostra do poder das histórias. Várias pesquisas indicam que o ser humano está acostumado, há milhares de anos, a absorver conhecimentos por meio das histórias.
Por isso é essencial que você aprender o chamado Storytelling, ou “contação de histórias”. Existem estruturas que comprovadamente funcionam e que você pode facilmente adaptar para a sua produção de conteúdo.
Esse é um tópico que rende extensas pesquisas acadêmicas, livros e muita discussão. Por isso trataremos dele também em uma aula específica sobre storytelling.
4. Estrutura
Até aqui você já sabe quais os objetivos do seu novo conteúdo, o tema e a base da história a ser contada.
O quarto elemento é simplesmente estruturar as suas ideias de forma organizada, para depois preencher as lacunas com o conteúdo a ser produzido.
O que costumo fazer é elaborar um mapa mental do conteúdo. Em outras palavras, listo quais os principais tópicos a serem abordados, dividindo-os da forma mais didática possível. Depois vejo como encaixar a história neles.
Trabalhando nesses quatro primeiros elementos, o que você terá a fazer daqui para frente será simplesmente “preencher as lacunas”. Ou seja, a sua produção de conteúdo será guiada para suprir da melhor forma possível a estrutura aqui traçada.
5. Título
O título é um dos pontos mais importantes do seu conteúdo. Se você quer que as pessoas realmente cliquem no seu post, vejam seus vídeos ou baixem seus podcasts, é preciso pensar em um título atraente.
A questão dos títulos apelativos (também chamados clickbaits) é polêmica. O pior erro que você pode cometer é criar um título que promete tudo e depois não entrega nada. Confira a aula específica sobre títulos para entender melhor.
Quantas vezes você já não clicou em uma notícia que tinha um título curioso para depois descobrir que o conteúdo não trazia nada de relevante?
Essa estratégia com certeza aumenta o número de cliques. Mas não gera confiança no relacionamento entre você (o produtor de conteúdo) e o seu público.
E confiança, como vimos na aula sobre marketing de conteúdo, é a base para qualquer relacionamento.
Coloquei o título aqui como quinto elemento apenas pela ordem de apresentação. Quando falar especificamente dele, explicarei a razão pela qual sempre deixo o título como último elemento a ser criado.
6. Introdução
Se você fez um bom trabalho com o elemento título, a persona provavelmente se interessou, clicou e agora vai começar a consumir o seu conteúdo.
Aqui você tem uma pequena chance de que ela comece a ler o seu texto, ver o seu vídeo ou ouvir o seu áudio e se engaje no conteúdo.
Caso isso não aconteça, ela simplesmente vai embora.
Para manter o público engajado, é preciso ter uma boa introdução. É preciso manter aquela atenção conquistada por meio do título.
Aqui, mais uma vez, dominar a arte do storytelling será importantíssimo para manter a atenção em alta e fazer com que o visitante siga com você até o final do conteúdo.
Além de fazer isso, uma boa introdução também antecipa o que vem pela frente, mostrando ao visitante o que ele vai encontrar naquele conteúdo.
Existem estruturas de introdução que podem ser adaptadas para o seu projeto, como explico na aula sobre como escrever uma introdução.
7. Desenvolvimento
Na aula sobre desenvolvimento, veremos em detalhes como escrever bem o núcleo do seu conteúdo.
Aqui importarão itens como narrativa fluida, português correto, intertítulos etc.
Diversas pesquisas já mostraram que o Google e outros buscadores privilegiam conteúdos mais densos, com cerca de 1.500 palavras. Claro que não é regra escrita em pedra, mas sim um referencial a ser tomado.
Esse tamanho de texto corresponde a mais ou menos sete minutos de leitura, o que também pode ser tomado como referencial para vídeos no YouTube (diversos canais trabalham com o limite de 10 minutos por vídeo).
Tais referenciais precisam ser testados especificamente no seu projeto. Na décima e última etapa do curso, veremos como analisar as métricas para ver o que está funcionando e o que não está.
8. Conclusão
Saber como fechar um conteúdo é quase tão importante quanto atrair a audiência para clicar e consumir o que você produziu.
No entanto, o que mais se vê é gente deixando de lado a conclusão e perdendo uma excelente oportunidade de divulgação.
Pense que, no meio do imenso palheiro que é a internet, o visitante encontrou e consumiu o seu conteúdo até o final.
Por que não aproveitar esse engajamento e pedir para ele espalhar o conteúdo? Deixar um comentário? Ou tomar qualquer outro tipo de ação?
Essa é apenas uma das oportunidades que se apresentam no momento da conclusão de um conteúdo, que também analisamos em aula própria sobre como concluir um conteúdo.
9. Elementos visuais
Por mais que as pesquisas mostrem que conteúdos com cerca de 1.500 palavras são mais bem rankeados e mais compartilhados, a verdade é que pouca gente lê todas as palavras da primeira até a última.
O comportamento mais comum na internet é que as pessoas “escaneiem” o texto, passando a vista e rolando a tela apenas para parar nos pontos que mais chama a atenção.
Por isso, é importantíssimo que o seu conteúdo tenha elementos visuais bem dispostos.
E aqui não estou falando apenas de imagens. Listas, negritos, intertítulos, infográficos, vídeos. Até a fonte que você escolhe tem importância para o aspecto visual do seu conteúdo.
A verdade é que atualmente a produção de conteúdo requer conhecimentos não apenas de redação, mas também noções de design.
10. Revisão
Ao final da sua produção de conteúdo, é essencial fazer uma boa revisão.
Assim como fizemos com o checklist para lançamento de sites, também temos no final desta terceira etapa do curso um checklist para a produção de conteúdo.
O checklist engloba todos os elementos que veremos ao longo das próximas aulas.
Como esta aula é mais uma visão geral do que analisaremos a seguir, não haverá indicação de tarefas e livros especificamente nela.
As indicações estarão relacionadas a cada um dos dez elementos, nas próximas aulas do curso. Espero ver você por lá.